- Lucas Cavalieri PEREIRA
- Sérgio Henrique de Oliveira BRANDT FILHO
- Leonardo Alonso de MOURA
- Marcelo SAAB
- Cláudio Maldonado PASTORI
Termos de indexação: ossos da face; seio frontal; traumatismos faciais.
Introdução
O seio frontal é uma cavidade óssea pneumática revestida internamente por epitélio ciliado do trato respiratório. A fina parede posterior separa o seio das meninges e do lobo frontal do cérebro. A parede anterior é coberta por tecido mole. Através do soalho da cavidade há comunicação dos demais seios paranasais com o seio frontal, bem como contato com as células etmoidais, por onde penetram, na fossa craniana anterior, os filetes nervosos olfatórios. O teto orbitário é composto também pelo osso frontal.
Frequentemente as fraturas do seio frontal resultam de acidentes de veículos motorizados. De uma ampla amostra de fraturas, Schultz encontrou uma taxa de 70% de fraturas de seio frontal devido a acidentes automobilísticos, 20% resultado de assalto e o restante causado por quedas, acidentes industriais e desportivos. Essas fraturas são relativamente incomuns, quando comparadas com outras injúrias faciais, representando cerca de 5 a 15% de todas as fraturas faciais. São classificadas em fraturas da parede anterior com e sem deslocamento, fraturas da parede posterior com e sem deslocamento e fraturas do trato de drenagem do ducto fronto-nasal.
O tratamento das fraturas do seio frontal varia de acordo com o tipo de fratura presente. Os objetivos do tratamento são, basicamente, a prevenção de infecção, isolamento do conteúdo intracraniano, correção da drenagem de líquido cefalorraquidiano, restauração da função e restauração da estética.
Normalmente, fraturas da parede anterior são reconstruídas, enquanto fraturas da parede posterior e lesões do sistema de drenagem do seio são tratadas pelas técnicas de obliteração ou cranialização. Normalmente, o tratamento cirúrgico imediato é o mais aceito, atualmente.
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