As fraturas do seio frontal são originadas a partir de acidentes de grande intensidade, que incluem acidentes automobilísticos, agressões físicas, acidentes esportivos e quedas. Normalmente, estão associadas com fraturas do terço médio da face, incluindo fraturas maxilares, naso-órbito-etmoidais e zigomáticas. Várias modalidades de tratamento têm sido propostas para reconstrução das fraturas fronto-naso-órbito-etmoidais, incluindo fixação dos fragmentos ósseos com placas e parafusos, reconstrução com enxertos ósseos e implante de malhas de titânio. No caso ora apresentado, utilizou-se do acesso bicoronal para reconstrução da parede anterior do seio frontal e restabelecimento do contorno fronto-naso-órbito-etmoidal, sendo utilizado enxerto ósseo de calota craniana para esse fim. Verificou-se a integridade do ducto fronto-nasal, não havendo necessidade de canulização deste. Esse procedimento é importante diretriz no plano de tratamento, uma vez que determina a obliteração ou canulização do ducto. Nenhuma complicação ou sequela foi observada na proservação de aproximadamente um ano. A proservação por longos períodos pós-operatórios é importante para avaliação de possíveis complicações.